União e estado decidem reavaliar plano da ponte que ligará as margens do Porto
O projeto da ponte que promete ligar as margens do canal do Porto de Santos será reavaliado pelos governos estadual e federal, pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e pela concessionária rodoviária Ecovias, responsável pelo estudo e execução da obra, que tem custo estimado em R$ 2,9 bilhões.

A decisão foi tomada terça-feira (4) à tarde, em Brasília, após o presidente da Codesp, Casemiro Tércio Carvalho, demonstrar preocupação quanto aos impactos negativos que a estrutura pode causar em uma futura expansão do complexo portuário. O gestor defende a construção de um túnel.

Há quase um ano, o projeto teve autorização do estado para ser desenvolvido. Agora, aguarda a conclusão do licenciamento ambiental para que os serviços sejam iniciados.

Devido ao investimento, a Ecovias terá o contrato de administração e exploração do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) ampliado.

Presente ao encontro, o deputado federal Júnior Bozzella (PSL-SP) concordou que reavaliar a proposta foi a melhor escolha. Segundo ele, os representantes da Ecovias não tiraram as dúvidas levantadas pelo presidente da autoridade portuária de Santos e, também, pelo secretário nacional dos Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni, quanto aos impactos da construção.

Foram questionados pontos como a altura da ponte (85 metros no vão principal), que impõe um limite na altura de embarcações, e a utilização dela por ciclistas, automóveis urbanos e demais veículos de transporte público.

O deputado disse que não ficou claros e a construção irá agilizar o fluxo de caminhões no complexo portuário.

As mesmas dúvidas, segundo ele, ocorrem com a questão do túnel. Bozzella questiona como a ligação pode atender a população e os veículos pesados.

O parlamentar explica que, durante os próximos dias, todos vão se debruçar sobre o projeto, a fim de levantar mais dados e diminuir os riscos das escolhas. “Uma nova reunião, com a presença de técnicos da Agência de Transporte do Estado de São Paulo [Artesp], será marcada na sequência. O secretário Piloni disse que o encontro poderá ser em Santos, na Codesp, ou em São Paulo, na Ecovias ou na Secretaria do Estado de Logística e Transportes [que também participou do encontro]”, disse.

Bozzella ressalta que o assunto deve ser levado à população de forma mais aprofundada. Ele garante que serão realizadas audiências públicas justamente com esse objetivo. “Vai existir a ligação seca. Porém, acho que é válida a intervenção nesse momento. Existiam pontos sem entendimento”.

Em nota, a Ecovias informou que, em um projeto de grande porte, como o da interligação entre as margens do Porto, “é natural que sejam feitas inúmeras reuniões”. A empresa diz que o encontro de ontem serviu para esclarecer pontos e ratificar os debates já realizados. “Seguindo o curso natural do processo, novos encontros devem ocorrer”.

Sem respostas

A Tribuna entrou em contato com o Ministério da Infraestrutura, a Codesp e a Secretaria do Estado de Logística e Transportes, mas não obteve respostas.

Fonte: A Tribuna, 05/06/2019.

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