Iniciativas verdes da ANTAQ são exaltadas em evento sobre transição energética no mar
A importância das iniciativas que buscam descarbonizar o setor aquaviário, uma das principais agendas da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), foi discutida em evento sobre transição energética.

No painel de encerramento, o diretor-geral da ANTAQ, Eduardo Nery, mencionou o aperfeiçoamento do Índice de Desempenho Ambiental (IDA), da entrega de diversos diagnósticos sobre a infraestrutura dos portos e do lançamento do Inventário de Gases de Efeito Estufa (GEE) do Setor Aquaviário. 

As falas aconteceram no II Seminário Internacional para a Transição Energética no Mar: desafios e oportunidades para o Brasil, promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, ao longo desta segunda-feira (10).

Aperfeiçoamento do IDA

Nery explicou que o IDA será reformulado para contemplar mais itens de descarbonização no índice. O aperfeiçoamento vai acontecer ao longo deste ano e a iniciativa é uma parceria com a Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

O tema também foi pontuado pela diretora Flávia Takafashi, que estava presente no evento. Ela afirmou que a reformulação do IDA vai fomentar ainda mais o desenvolvimento dos nossos portos durante a transição energética.

O IDA é um índice pioneiro da ANTAQ, disponibilizado para as instalações portuárias, que avalia, por meio de indicadores, a eficiência e a qualidade da gestão ambiental destas instalações. 

Inventário setorial

Outro ponto abordado foi o lançamento do Inventário de GEE do Setor Aquaviário na última quarta-feira (5). A ferramenta é um painel interativo que compila os dados de emissões de gases de efeito estufa do setor. Neste primeiro momento, estão disponíveis para consulta informações sobre 2021 a 2023 sobre a cabotagem e a navegação interior. 

O diretor-geral elogiou o projeto e ressaltou a importância de entender o quanto é emitido para depois se fazer as adaptações necessárias. 

Outra representante da ANTAQ que falou sobre o inventário setorial foi a superintendente de ESG e Inovação, Cristina Castro. Durante a apresentação, ela ressaltou a queda de 7,68% nas emissões de carbono na cabotagem e na navegação interior nos últimos anos.

Agenda ambiental 

Nery também falou sobre a agenda de estudos ambientais da Agência que abrangeu parcerias internacionais com a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ). 

Entre os estudos elaborados e entregues estão o que tratou dos impactos climáticos nos portos brasileiros - que resultou em um guia de melhores práticas - e o que buscou entender a preparação dos portos brasileiros para a transição energética.

Incentivos regulatórios

Por sua vez, a diretora Flávia Takafashi, que esteve presente no Painel “Infraestrutura Brasileira, Regulação Portuária e Corredores Verdes”, falou sobre as ações sustentáveis integradas da Agência e de como promover incentivos regulatórios para auxiliar na descarbonização. 

Ela informou que, no momento, maneiras de promover incentivos para a transição energética nos contratos de arrendamentos portuários estão em discussão com o Ministério de Portos e Aeroportos.

“Como agência reguladora não vamos fazer os investimentos diretamente, mas entendemos que o nosso papel é acompanhar o desenvolvimento da navegação. Para isso, será preciso criar ou incentivar ferramentas que propiciem um ambiente regulatório confortável para que os nossos portos possam se desenvolver e ir em busca do que a gente não pode mais se dar ao luxo de não buscar, que é a descarbonização do setor”, completou.

Projetos verdes

O diretor-geral falou ainda sobre outros projetos verdes que estão em andamento na Agência, como, a adequação dos acessos aquaviários e terrestres. Ação que é fundamental para diminuir as emissões de gases de efeito estufa. 

“A falta de um acesso adequado aos portos brasileiros, sejam eles terrestres ou aquaviários, não tem somente um custo operacional, como também um alto custo ambiental. Com essas adequações, será possível diminuir o volume de emissões”, disse.

Ele também mencionou a conexão entre a redução das emissões e a conclusão dos projetos de concessão das hidrovias brasileiras. Com os investimentos previstos nessas licitações, será possível adequar a infraestrutura dessas vias e consequentemente aumentar o número de cargas transportadas pelo modal aquaviário, que emite quatro vezes menos que uma rodovia e 1,5 vez menos que uma ferrovia.

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