ANTAQ participa de seminário sobre navegação marítima internacional
Os diretores da Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ, Adalberto Tokarski (diretor-geral), Mário Povia e Francisval Mendes, participaram ontem (13) do seminário Os Desafios Atuais da Navegação Marítima Internacional, realizado no auditório do Interlegis/Senado Federal, pelo Instituto de Logística do Brasil – ILB e pela Frente Parlamentar de Logística de Transporte e Armazenagem – Frenlog. O encontro foi aberto pelo senador Wellington Fagundes (PR/MT) e pelo diretor-executivo do ILB, Hélder Rebouças, e contou com o apoio institucional da ANTAQ.

O diretor-geral da ANTAQ fez a apresentação sobre os Desafios da Navegação, no único painel do encontro, que teve como debatedores a diretora técnica e de qualidade do Centro de Acostagem, Amarrações e Serviços Marítimos de Portugal, Ana Cristina Casaca, e o diretor-executivo do Centro Nacional de Navegação – CentroNave, Cláudio Loureiro de Souza. O painel foi mediado pelo também diretor da ANTAQ, Mário Povia.

Na sequência, foi lançada a tradução oficial do livro Economy Maritime (Economia Marítima), de autoria de Martin Stopford. Em sua primeira edição no Brasil, o livro traz informações sobre história do transporte marítimo mercante; ciclos do transporte marítimo que datam de 1741, com comentários ano a ano; mercados, custos, contabilidade, financiamento de navios, construção naval, reciclagem e regime de regulamentação; geografia do comércio marítimo, teoria do comércio, cargas especializadas e retorno do capital; desafios e armadilhas das previsões.

Os responsáveis pela tradução são a diretora técnica e de qualidade do Centro de Acostagem, Amarrações e Serviços Marítimos de Portugal e doutora pela Universidade Federal do Maranhão, Ana Cristina Casaca, e o doutor em administração, coordenador e professor em cursos de pós-graduação em Comércio Exterior, Logística e Gestão e Engenharia Portuária, Léo Tadeu Robles. A obra tem a revisão de Cláudio Marques Soares, que é doutor em Transporte Internacional pela Universidade de Cardiff/Reino Unido e gerente de Autorizações de Instalações Portuárias da ANTAQ.

Desafios da Navegação

O fenômeno da conteinerização no transporte marítimo mundial, com o consequente aumento no tamanho dos navios e a concentração das empresas armadoras com as aquisições que estão ocorrendo no setor, continua trazendo muitos desafios a armadores e instalações portuárias, à agência reguladora, indústria da construção naval e governo federal no Brasil. Como saída para superar os gargalos, o país vai criar hubports (portos concentradores) e feederports (portos distribuidores)? Quais são as medidas necessárias para o Brasil enfrentar esse fenômeno mundial?

“O país precisa investir em dragagem, mas o Estado não tem condições de dragar todos os portos públicos Brasileiros. Por essa razão é que está em estudo um modelo que repassa para o setor privado a gestão dessa demanda”, observou o diretor-geral da ANTAQ em sua apresentação.

Nesse sentido, Tokarski destacou a mudança trazida pelo Decreto nº 9.048/17 que permitiu aos arrendatários de terminais realizarem obras de dragagem no porto público, compensando os investimentos feitos no contrato. Para o diretor-geral da ANTAQ, a criação de um modelo de portos concentradores deve ser uma iniciativa do governo a partir da percepção do mercado. Já em termos de equipamentos e produtividade na operação, Tokarski afirmou que os terminais brasileiros estão em patamar semelhante aos principais portos conteineros do mundo”, avaliou.

A diretora técnica e de qualidade do Centro de Acostagem, Amarrações e Serviços Marítimos de Portugal, Ana Cristina Casaca, disse que cada vez mais os navios escalam menos portos em razão do tamanho dos navios. Para a pesquisadora da UFMA, a abertura das novas eclusas do Canal do Panamá permitirá levar mais produtos no sentido norte/sul, completando a circunavegação em todo o mundo.

Respondendo a uma pergunta do diretor da ANTAQ, Mário Povia, sobre a continuidade do processo de construção de navios cada vez maiores, a especialista portuguesa disse que os sinais são de que esse processo está próximo do fim. Para ela, as estruturas dos portos estão no limite para comportar a atracação de navios gigantes. Além disso, existe a questão da segurança, que afetaria a estabilidade dos navios, colocando um limite na construção desses gigantes do mar.

Já para o diretor-executivo do CentroNave, Cláudio Loureiro de Souza, os portos do país têm graves problemas de acessos terrestres e marítimos, além de indisponibilidade de berços para receber os grandes navios. Segundo ele, há ainda um excesso de burocracia e falta de coordenação entre os entes portuários, gerando ineficiências no dia a dia dos portos.

Fonte: ANTAQ, 14/12/2017.

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