China foi o principal destino do agro exportado pelo Brasil
A balança comercial das exportações brasileiras do agronegócio somou US$ 100,81 bilhões em 2020, um crescimento de 4,1% na comparação com 2019. Já as importações de produtos do agronegócio apresentaram queda de 5,2%, chegando a US$ 13,05 bilhões. O aumento das exportações e queda das importações resultou em um saldo superavitário de US$ 87,76 bilhões para o setor. Os dados são do boletim da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e divulgados pela Agência Brasil. A expansão foi resultado do aumento de 9,9% no quantum, uma vez que o índice de preço caiu 5,3%. Ainda de acordo com o boletim, o agronegócio foi responsável por 48% das exportações brasileiras em 2020.

Os cinco principais setores exportadores do agronegócio brasileiro no ano passado foram o complexo soja (US$ 35,24 bilhões e 35%), carnes (US$ 17,16 bilhões e 17%), produtos florestais (US$ 11,41 bilhões e 11,3%), complexo sucroalcooleiro (US$ 9,99 bilhões e 9,9%) e cereais, farinhas e preparações (US$ 6,89 bilhões e 6,8%).

Juntos, esses setores foram responsáveis por 80% das exportações do agronegócio em 2020, contra os 78,9% de participação registrados em 2019.

O complexo soja foi o principal setor da pauta exportadora do agronegócio, com US$ 35,24 bilhões e 101,04 milhões de toneladas. As exportações de soja em grãos representaram 81,1% do valor exportado pelo setor e alcançaram o segundo maior montante da série histórica, com US$ 28,56 bilhões e 82,97 milhões de toneladas, superando o registrado em 2018, quando foram vendidos para o exterior US$ 33,05 bilhões e 83,25 milhões de toneladas.

No ano passado, a China foi o principal destino do produto, tendo adquirido 73,2% da soja em grãos exportada pelo Brasil, o que correspondeu a uma cifra de US$ 20,91 bilhões (2,2% superior a 2019). As exportações de farelo de soja somaram US$ 5,92 bilhões e 16,96 milhões de toneladas, recorde em quantidade na série histórica. A União Europeia foi o principal destino do produto, tendo adquirido 49,5% do valor total. Em relação ao ano anterior, contudo, houve queda de 10,5% nas vendas brasileiras ao bloco.

A China também foi o principal destino dos produtos exportados pelo agronegócio brasileiro em 2020. Com vendas externas de US$ 34 bilhões e incremento de 9,8% sobre os valores de 2019 (US$ 30,96 bilhões), a participação chinesa cresceu de 32,0% para 33,7%. Ou seja, sozinha, a China comprou mais de 1/3 de tudo que foi exportado pelo setor em 2020.

O segundo principal destino dos produtos do agronegócio brasileiro nos últimos doze meses foram os EUA, com a soma de US$ 6,96 bilhões e retração de 2,9%, o que acarretou perda de participação de 7,4% para 6,9%.

Os produtos que apresentaram maior impacto para essa retração foram: celulose (menos US$ 247,91 milhões) e álcool etílico (menos US$ 198,13 milhões). Em relação ao incremento das vendas no período, os destaques foram o açúcar de cana em bruto (US$ 99,35 milhões), a carne bovina in natura (US$ 95,58 milhões) e madeira compensada (US$ 86,45 milhões).

Apesar do resultado positivo em 2020, a balança comercial do agronegócio em dezembro apresentou um recuo de 3,8% em relação ao mesmo mês do ano de 2019. Em dezembro de 2020, as exportações do agronegócio foram de US$ 7,30 bilhões, contra US$ 7,59 bilhões de dezembro de 2019. Ao mesmo tempo, houve um aumento nas importações de produtos do agronegócio que subiram de US$ 1,21 bilhão em dezembro de 2019 para US$ 1,35 bilhão em dezembro de 2020 ou uma expansão de 11,5%.

Os cinco principais setores exportadores do agronegócio foram: carnes (20,6% de participação); cereais, farinhas e preparações (14,3% de participação); complexo sucroalcooleiro (13,7% de participação); produtos florestais (12,6% de participação); e fibras e produtos têxteis (8,2% de participação). Estes cinco setores exportaram 69,5% do valor das vendas externas do agronegócio de dezembro.

Entre os países, a China continuou sendo o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro, com a soma de US$ 1,50 bilhão, uma retração de 36,2% em relação ao montante registrado em dezembro de 2019.

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