A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) deverá remover os destroços dos dois barcos que afundaram no Porto de Santos. O Taio Maru naufragou na última segunda-feira (25) e o Kaiko Maru na manhã dessa terça-feira (26), por consequência do primeiro incidente. Ambos estavam ancorados no cais do Armazém 8, no Paquetá. Como resultado, cerca de 100 litros de óleo foram derramados no mar.
A informação é da agente ambiental federal Ana Angélica Alabarce, do Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Segundo ela, a estatal que administra o cais santista será notificada hoje. O prazo que a Autoridade Portuária terá para remover os destroços ainda não foi definido.
O primeiro barco afundou por volta das 15 horas de segunda-feira (25). As equipes do plano de emergência do complexo foram acionadas e instalaram barreiras de contenção no entorno, mas isso não foi o suficiente para evitar o derramamento dos 100 litros de óleo no canal de navegação.
Após o naufrágio do Taio Maru, o Kaiko Maru começou a ser monitorado pelas autoridades portuária e ambiental, já que os dois estavam amarrados. Os cabos de amarração ficaram tracionados e havia o risco de rompimento.
Foi o que aconteceu nesta terça-feira (26), às 10h24. Primeiro, o Kaiko Maru adernou e, depois, naufragou com o casco virado para cima. Os trabalhos de contenção e retirada de resíduos se estenderam durante a tarde.
Agora, a área é monitorada com o auxílio de drones que prestam serviço à Autoridade Portuária. Equipes do Ibama também monitoram o local.
Procurada, a Docas informou que as embarcações encontravam-se à disposição da 3ª Vara da Justiça do Trabalho de Santos, ofertadas em garantia em uma ação trabalhista. “A Codesp, como Autoridade Portuária, vem adotando as medidas necessárias para a retirada das referidas embarcações visando garantir a segurança do Porto, com a devida comunicação ao juízo em questão”, informou.
A Docas comunicou, ainda, que duas embarcações de uma empresa especializada foram utilizadas para retirada de resíduos flutuantes impregnados com óleo, como madeira, plásticos e galões. Segundo a estatal, as barreiras de contenção colocadas no entorno da Taio Maru foram mantidas e fizeram o efeito esperado. Mesmo assim, é possível observar iridescências (quando o óleo na água reflete as cores do arco-íris) concentradas no cerco e forte cheiro do produto.
Em relação à Kaiko Maru, a Docas informa que está tomando providências para contenção dos destroços e de eventuais consequências.
Fonte: A Tribuna, 27/6/2018.