Decreto dos Portos proporciona segurança jurídica e inspira novo ciclo de investimentos
Segurança jurídica para que os portos brasileiros sejam competitivos e antenados com as melhores práticas do setor executadas no mundo. Este é um objetivo que pode ser alcançado com o Decreto 9.048, o chamado Decreto dos Portos, segundo especialistas e players do segmento. O que pesa contra é o fato da legislação, que foi assinada pelo presidente Michel Temer no ano passado após 40 reuniões realizadas entre governo e lideranças, ter sido arrastada para o meio dos extremismos que dominam o debate político atualmente.

“É um grande avanço”, afirma Willen Mantelli, ex-presidente da ABTP (Associação Brasileira de Terminais Portuários), em participação na 24ª edição da Intermodal South America. “Simplificou os procedimentos tanto dos terminais públicos como privados. Desde a implantação, cerca de 60 projetos de melhorias em complexos foram apresentados, mas há um julgamento negativo precipitado sobre o decreto, em virtude do ambiente político. Há muitos terminais sérios querendo investir”.

Para o advogado especialista em direito portuário Matheus Miller, o decreto é um instrumento técnico que finalmente adota as práticas que os melhores portos do mundo utilizam. “Uma grande evolução é a possibilidade de arrendamentos com prorrogações sucessivas a critério do poder concedente, com base na análise do momento. Isso proporciona maior flexibilidade e segurança jurídica para que os terminais façam investimentos”, explica.

Miller aponta outros dois avanços do decreto: a autoridade portuária pode permitir que o arrendatário faça investimentos em áreas comuns dos complexos e a possibilidade de remanejar as áreas arrendadas de lugar. “Melhorou o relacionamento entre as empresas e o poder concedente”, opina.

O presidente da Frente Parlamentar de Logística de Transporte e Armazenagem (Frenlog), o senador Wellington Fagundes (PR-MT), vai mais longe e destaca que grandes negócios já estão sendo firmados em virtude da segurança jurídica proporcionada pelo Decreto dos Portos. “Um deles é a compra de 90% da TCP por uma empresa chinesa (Merchants Port Holdings Co Ltd). Isso só aconteceu porque há um ambiente de segurança jurídica no segmento”, afirmou durante a Intermodal South America.

Fonte: Canal Executivo, 16/03/2018.

Read Also Other News

Agência Porto
| 09 mai, 2025

Governo quer leiloar ferrovia EF-118 ainda neste ano, diz ministro

Read more
Agência Porto
| 09 mai, 2025

Nova rota marítima entre Brasil e China pode reduzir custos logísticos em 30%

Read more
Agência Porto
| 09 mai, 2025

Porto de Itajaí ganha nova linha com conexão ao Mercosul

Read more

How can we help?

Tell us how we can help with one of our services and solutions.

Request a quote

This website uses cookies to personalize content and analyze website traffic. Meet our Privacy Policy.